Simbolos Adinkra:


Son símbolos visuales, creados originalmente por el Akan de Ghana y el Gyaman de Costa de Marfil en África occidental, que representan conceptos o aforismos.

Los símbolos no tienen solamente una función decorativa sino que también representan los objetos que encapsulan mensajes sugerentes y que transmiten la sabiduría tradicional, los aspectos de la vida o el medio ambiente. Hay muchos símbolos con diferentes significados, a menudo vinculados con proverbios. En las palabras de Anthony Appiah, Adinkra fue uno de los medios en una sociedad pre-literaria para "apoyar la transmisión de un cuerpo complejo y matizado de práctica y creencia".
Robert Sutherland Rattray registró una muestra de cincuenta y tres símbolos Adinkra y sus significados en su religión y el arte en Ashanti (Oxford, 1927). El número total de símbolos Adinkra sigue creciendo. Un excelente libro sobre Símbolos Adinkra es el diccionario Adinkra por W. Bruce Willis. El complejo de la pirámide, PO Box 21212, Washington, DC 20009 - (202) 238-9069
El concepto de Sankofa y la concepción africana de la historia:

La palabra Sankofa proviene de sanco (=volver) y fa (=buscar, traer). Su concepto se origina en un proverbio tradicional de los pueblos de lengua akan de África Occidental, en Gana, Togo y Costa de Marfil. En lengua Akan se diría “se wo were fin a wosan kofa a jenki” que puede ser traducido como “No es tabú volver atrás y buscar lo que se perdió”.
Como símbolo Adinkra, Sankofa puede ser representado como un pájaro mítico que vuela hacia el frente, teniendo la cabeza vuelta hacia atrás y (a veces) cargando en su pico un huevo, el futuro. También se presenta con un diseño similar al corazón occidental.
Los Ashantes de Gana usan los símbolos Adinkra para representar proverbios o ideas filosóficas. Sankofa enseña la posibilidad de volver atrás, a nuestras raíces, para poder realizar nuestro potencial, para avanzar.
Sankofa es así, una realización del yo, individual y colectiva. Lo que quiera que haya sido perdido, olvidado, renunciado o privado, puede ser reclamado, reavivado, preservado o perpetuado. El representa los conceptos de auto-identidad y redefinición. Representa una comprensión del destino individual y de la identidad colectiva del grupo cultural. Es parte del conocimiento de los pueblos africanos, expresando la búsqueda de la sabiduría, el aprendizaje del pasado para entender el presente y dar forma al futuro.
De este saber africano, el Sankofa moldea una visión proyectiva de los pueblos milenarios y de aquellos desterritorializados por la modernidad colonial de occidente. Admite la posibilidad de recuperar lo que fue olvidado o renegado. Trae aquí, al primer plano, la importancia del estudio de la historia y de las culturas anteriores como lecciones alternativas de conocimiento y vivencia para la contemporaneidad. Sankofa desvela así, desde la experiencia africana y diaspórica, una apertura para la heterogeneidad real del saber humano, para que podamos observar el mundo de formas muy diferentes. En suma, percibir nuestros problemas de otros modos y con otros saberes. En tiempos de homogeneización, ésta es la mayor riqueza que un pueblo puede poseer.

Menino quem e teu mestre?


Segundo o dicionário do folclore brasileiro de Luiz da Câmara Cascudo, mestre é todo exímio trabalhador manual / aquele que ensina ou título dado a membros de uma comunidade que exercem profunda relação com algum saber, em forma de respeito.  Na capoeira o título de mestre é dado a todo aquele que a partir do reconhecimento público de serviços prestados a uma comunidade consegue se firmar como tal.

Nossa reflexão começa a partir destas definições acima, pois se faz necessário, mais do que nunca, tentarmos desmistificar a figura do mestre de capoeira, pois só assim conseguiremos modificar grandes equívocos que ocorrem no processo de formação de cada discípulo. Vale a pena ressaltar que este artigo não pretende de maneira nenhuma esgotar o assunto nem se firmar como verdade absoluta, mas sim servir de base para estimular algumas reflexões sobre a arte capoeira e seus “condutores”.
 
Em  minha jornada pela capoeira da Bahia, seleiro dos maiores mestres no Brasil e no mundo, sempre me deparei com situações que até hoje não consigo compreender a lógica norteadora, mestres que obrigam os alunos a lhe chamarem de mestre, mestres onipotentes de uma saber fantasioso que só existe em seu imaginário pessoal, mestres incapazes de se reconhecerem como humanos e outro como irmão, mestres que articulam contra as novas gerações por medo do novo e etc... Infelizmente este é o retrato mais atual da capoeira da Bahia, contudo nem tudo está perdido, pois a capoeira está em constante processo de transformação e ao contrário do que muitos “mestres” pretendem, a formação de seus alunos não é restrita só a ele, mas sim a todo um contesto que está despertando para um novo rumo.

Precisamos compreender que mestre não é aquele que diz certo ou errado, mas o que lhe conduz ao entendimento do erro e do acerto, mestre não é aquele que avalia o produto final, mas aquele que participa do processo de construção, mestre não é aquele que se firma por que é divino e sim pela sua condição humana, mestre é aquele que compreende o erro do discípulo como uma tentativa de acerto, mestre não é aquele que está sempre certo, mas o que está disposto a discutir seus erros e acertos…......

A capoeira, caros amigos, não precisa de líderes e sim de mediadores, pois todo processo herdado da sociedade africana infelizmente foi interpretado e está sendo praticado de maneira equivocada, o respeito ao mais velho, como fonte de saber, só tem sentido mediante o respeito ao mais novo e ao contemporâneo, portanto precisamos tornar as relações entre mestres e discípulos mais flexíveis, horizontalizadas e verdadeiras, pois só desta maneira conseguiremos harmonizar a formação de nossos futuros mestres.

E importante que cada mestre reflita profundamente, a cada dia sobre sua pratica pois o que lhe dar a condição de mestre é também o fato de poder contribuir com a formação de outros, haja vista que não existe mestre sem discípulo. Por um outro lado cada discípulo precisa compreender que, ao contrario do que se pensa, o mestre surge de dentro para fora, como uma flor que precisa ser regada para crescer forte e bela, não sendo necessário, no meu entendimento depositar nas mãos de terceiros o que nos fomos, somos e seremos, mas sim reconhecer nestes terceiros uma possibilidade a mais de contribuição em nosso processo de formação.